segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PERICARDITE AGUDA


Conceito: A inflamação pericárdica é, em geral, secundaria a varias doenças cardíacas, distúrbios torácicos ou sistêmicos, metástases de neoplasias que surgem em locais distantes ou procedimentos cirúrgicos realizados no coração.
Etiologia: Agentes infecciosos (vírus, bactérias piogênicas, turbeculose, fungos e outros parasitas); Causa provavelmente mediada pelo sistema imunológico (Febre Reumática - FR, Lúpus Eritematoso Sistêmico - LES, Esclerodermia, Pós-cardiotomia, Pós-infarto do miocárdio e reações de hipersensibilidade a uma droga); Miscelânea (Infarto do miocárdio, Uremia, Pós-cirurgia cardíaca, Neoplasia, Traumatismo e Radiação).
Patogênese: A pericardite serosa apresenta exudatos inflamatórios serosos que são produzidos de modo característicos pelas inflamações não-infecciosas, tais como a FR, o LES, a esclerodermia, tumores e uremia. Uma infecção nos tecidos contíguos ao pericárdio pode provocar uma irritação serosa pericárdica parietal suficiente para causar um derrame seroso estéril que pode progredi para uma pericardite serofibrinosa. As pericardites fibrinosa e serofibrinosa, constituem os tipos mais freqüentes de pericardites e são compostas de um liquido seroso misturado a um exudato fibrinoso. A pericardite purulenta ou supurativa quase invariavelmente indica a invasão do espaço pericárdico por microorganismos infectantes, que podem alcançar a pericárdica por diversos caminhos: (1) Pela propagação direta a partir de uma área de inflamação vizinha ou pela propagação de um abscesso anular através do miocárdio ou raiz da aorta na endocardite infecciosa; (2) Pela disseminação pelo sangue; (3) Pela propagação linfática; ou (4) Pela introdução direta durante uma cardiotomia. A pericardite hemorrágica apresenta um exudato composto de sangue misturado a um derrame fibroso ou supurativo. É na maioria das vezes causado pela presença de uma neoplasia maligna no espaço pericárdico. A pericardite caseoasa possui cascificação no interior do saco pericárdico. Ocorre envolvimento pericárdico por propagação direta a partir de focos tuberculosos situados dentro dos linfonodos traqueobrônquicos.
Alterações Morfológicas Macroscópicas: Na pericardite serosa, o volume de líquido geralmente não é grande (50 a 200 ml) e acumula-se lentamente. A dilatação e o aumento da permeabilidade dos vasos decorrentes da inflamação produzem um líquido de densidade elevada e rico em proteínas. Na Pericardite fibrinosa, a superfície do pericárdio está seca e possui um aspecto granular fina. Na pericardite serofibrinosa, um processo inflamatório mais intenso que produz maior quantidade de um líquido mais espesso e com freqüência de fibrinas. Na pericardite purulenta, o exudato varia de um pus aguado a cremoso com volume de até 400 a 500 ml. As superfícies estão avermelhadas e cobertas com exudato.
Alterações Morfológicas Microscópicas: Na pericardite serosa raramente ocorre organização com formação de aderências fibrosas. Na pericardite supurativa ocorre uma reação inflamatória aguda.
Alterações Funcionais: O desenvolvimento de um átrio pericárdico sonoro é a característica de pericardite fibrinosa, e podem surgir dor, reações sistêmicas febris e sinais sugestivos de insuficiência cardíaca, porém os sinais de infecções sistêmicas são geralmente acentuados: por exemplo, febre com picos e calafrios.

A pigmentação e as neoplasias são fenômenos ausentes. O crescimento, a diferenciação e os distúrbios hemodinâmicos possuem presença, porem, irrelevantes. A calcificação possui presença com fator secundário. A degeneração e o reparo possuem presença moderada com fator primário. A oncose/apoptose possuem forte presença no fenômeno. E a inflamação é o fenômeno principal.


Postado por: Taynara

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