CONCEITO: É um processo inflamatório das leptomeninges e do LCR no interior do espaço subaracnóideo.
ETIOLOGIA: A meningite é usualmente causada por uma infecção, porem a meningite química também pode ocorrer em resposta a um irritante não-bacteriano introduzido no espaço subaracnóideo.
PATOGÊNESE: A meningite infecciosa é classificada em piogênica aguda (usualmente bacteriana), asséptica (usualmente viral) e crônica (usualmente por tuberculose, espiroquetas ou criptococos), com base nas características do exsudato inflamatório no exame do LCR e na evolução clinica da doença.
ALTERAÇÕES MORFOLOGICAS MACROSCÓPICAS Não há características macroscópicas distintivas, exceto pelo inchaço cerebral.
ALTERAÇÕES MORFOLOGICAS MICROSCÓPICAS - Meningite asséptica – O LCR mostra aumento no número de linfócitos (pleiocitose), elevação de proteína é moderada e de glicose esta sempre normal. Não há características macroscópicas distintivas, exceto pelo inchaço cerebral; visto em alguns casos. No exame microscópico, ou não há anormalidade reconhecível ou há uma infiltração de leve a moderada das leptomeninges por linfócitos. Meningite Piogênica – Um exsudato é evidente nas leptomeninges sobre a superfície do cérebro. No exame microscópico, neutrófilos preenchem todo o espaço subaracnóideo nas áreas severamente afetadas ou podem ser encontradas predominantemente em volta dos vasos sanguíneos leptomeníngeos nos nervos severos. Meningite Crônica – O espaço subaracnóideo contém um exsudato gelatinoso ou fibroso, mais freqüentemente na base do cérebro, obliterando as cisternas e englobando os nervos cranianos. No exame microscópico há misturas de linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Os casos ocorridos mostram granulomas bem-formados, freqüentemente com necrose caseosa e células gigantes, similares ás lesões de tuberculose em outros lugares no corpo. A Neurossífilis meningovascular é uma meningite crônica que envolve usualmente a base do cérebro e às vezes as convexidades cerebrais e as leptomeninges medulares. Gomas cerebrais (lesões expansivas ricas em plasmócitos) podem ocorrer relacionadas às meninges e estendendo para o cérebro. Na neurossífilis parética, caracterizada pela perda de neurônios com proliferação da micróglia (bastonetes) e gliose.Tabes dorsalis consiste de perda de neurônios quanto de mulina nas raízes dorsais, com palidez e atrofia nas colunas dorsais da medula espinal.
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS: Meningite Piogênica Aguda (bacteriana) – O paciente mostra tipicamente sinais sistêmicos de infecção superpostos à evidência clínica de irritação meníngea e comprometimento neurológico incluindo cefaléia, fotofobia, irritabilidade,turvação da consciência e rigidez da nuca. Se não tratada pode ser fatal. Meningite Asséptica (viral) – Irritação meníngea, febre e alterações da consciência de início relativamente aguda sem organismos reconhecíveis. A evolução Clínica é menos fulminante que a da meningite piogênica. Meningite Crônica - A meningite tuberculosa apresenta com sintomas generalizados de cefaléia, mal-estar, confusão mental e vômitos. Neurossífilis – Pode haver doença parenquimatosa. A neurossífilis parética se manifesta com uma perda insidiosa, das funções mentais e físicas, com alteração do humor, terminando em demência severa. A tabes dorsalis, resultando da lesão dos nervos sensitivos na raiz dorsal produzindo comprometimento da noção da posição articular e a ataxia resultante, perda da sensibilidade dolorosa; outros distúrbios sensitivos, as características “dores relâmpagos” e ausência dos reflexos tendinosos profunfos.
Degeneração: Ausente
Inflamação: Fenômeno dominante
Oncose: presente
Reparo: Presente mas secundário
Apoptose: Ausente
Distúrbios hemodinâmicos: presente como forte fator
Pigmentação: Ausente
Alterações do crescimento: Ausente
Calcificação: Ausente
Neoplasias: Ausente
Posted by: Pedro Antonione
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