quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ANEURISMAS SACULARES

Conceito: Um aneurisma é uma dilatação anormal localizada de um vaso sanguíneo ou da parede do coração. Aneurismas saculares são pequenas dilatações esféricas, que ocorrem mais frequentemente no cérebro.

Etiologia: Sua etiologia é desconhecida, mas fatores genético, tabagismo e hipertensão são aceitos como fatores predisponentes.

Patogênese: Embora às vezes sejam referidas como congênitos, os aneurismas não estão presentes no nascimento, desenvolvem-se sim, com o tempo, por causa de defeito subjacente na média do vaso. Há um risco aumentado de ocorrência entre pacientes com certos distúrbios hereditários e com displasia fibromuscular das artérias extracranianas e coartação da aorta.

Alterações Morfológicas:

Macroscópicas: Um aneurisma sacular não roto é uma extrusão de paredes finas em um ponto de ramificação arterial ao longo do polígono de Willis ou de um vaso importante logo além. Esses aneurismas apresentam diâmetros de alguns milímetros até 2 cm ou 3 cm e têm uma parede translúcida e fina, e uma superfície vermelho-vivo e brilhante. Placas ateromatosas, calcificação ou oclusão trombótica podem ser encontradas na parede ou na luz do aneurisma. A coloração marrom do cérebro e das meninges adjacentes é evidência de hemorragia prévia.

Microscópicas: A parede arterial adjacente ao colo do aneurisma mostra com freqüência algum espessamento da íntima e atenuação gradual da média à medida que ela se aproxima do colo. No colo do aneurisma, a parede muscular e a lâmina elástica da íntima param antes e estão ausentes do saco aneurismático propriamente dito. O saco é constituído por íntima hialinizada e espessada. A adventícia recobrindo o saco é contínua com a do vaso parental.

Alterações Funcionais: Aumentos agudos na pressão intacraniana podem causar ruptura de um aneurisma (apesar deles poderem se romper a qualquer momento). O sangue sob pressão arterial é forçado para o espaço subaracnóideo, e os pacientes são acometidos de uma cefaléia súbita e excruciante, e perdem rapidamente a consciência. No período precoce da hemorragia subaracnóidea há um risco aumentado de lesão pelo vasoespasmo comprometendo outros vasos além daqueles originalmente danificados. Este vasoespasmo pode levar à lesão isquêmica adicional. Este problema é de maior significância nos casos de hemorragia subaracnóidea basal, nos quais o vasoespasmo pode comprometer os grandes vasos do polígono de Willis. Na fa se de recuperação da hemorragia subaracnóidea ocorrem fibrose e cicatrização meníngeas , levando, algumas vezes, à obstrução do fluxo de LCR, bem como interrupção das vias normais de reabsorção de LCR.

Degeneração: Presente como fator secundário; Necrose/Apoptose: Presente como fator secundário; Pigmentação: Ausente; Calcificação: Presente como fator primário; Neoplasia: Ausente; Inflamação: Ausente; Reparo: Presente como fator primário; Distúrbios Hemodinâmicos: Fator Dominante; Alteração do Crescimento e da Diferenciação Celular: Ausente.

Postado por: Patrícia Emanuelle - Biomedicina 300.5

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