quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ADENOMA FOLICULAR DA TIREÓIDE

Conceito: São massas definidas, solitárias que, em geral, são derivadas do epitélio folicular.

Etiologia: Mutações. Cerca de 20% dos adenomas foliculares apresentam mutações na família de oncogenes RAS.

Patogênese: A via de sinalização do receptor de TSH desempenha papel importante na patogenia dos adenomas tóxicos. A ativação de mutações somáticas em um dos dois componentes do sistema de sinalização causa uma superprodução crônica de AMPc, gerando células que adquirem uma vantagem de crescimento. Isso resulta na expansão clonal de células epiteliais foliculares que podem produzir hormônio tireoidiano automaticamente e causar sintomas de excesso hormonal.

Alterações Morfológicas:

Macroscópicas: Os adenomas foliculares apresentam 3 cm de diâmetro em média. Sua coloração varia do branco-acinzentado ao marrom-avermelhado, dependendo de sua celularidade e da quantidade de colóide que contém. As células neoplásicas estão separadas do parênquima adjacente por uma cápsula intacta, bem definida. Áreas de hemorragia, fibrose, calcificação e alterações císticas são comuns nos adenomas foliculares.

Microscópicas: As células do adenoma geralmente formam folículos de aparência uniforme. As células epiteliais desse adenoma apresentam poucas variações na morfologia celular e nuclear. Figuras mitóticas são raras e alterações papilares não são típicas dos adenomas. Ocasionalmente as células neoplásicas possuem um citoplasma granular intensamente eosinofílico. Outras variantes do adenoma folicular compreendem alterações extensas do citoplasma de células claras e adenomas com características de “anel de sinete”. Podem apresentar pleomorfismo nuclear focal, atipia e nucléolos proeminentes. Raramente demonstram aumento na celularidade.

Alterações Funcionais: Muitos se apresentam como uma massa unilateral indolor. Massas maiores podem produzir sintomas localizados, como dificuldade em deglutir. Em uma minoria dos casos os adenomas podem ser hiperfuncionantes, produzindo sinais e sintomas de hipertireoidismo (adenomas tóxicos). Os adenomas tireoidianos, incluindo os adenomas atípicos, apresentam um ótimo prognóstico e não apresentam recorrência nem metástases.

Degeneração: Presente como fator primário; Necrose/Apoptose: ausente; Pigmentação: Ausente; Calcificação: Presente como fator primário; Neoplasia: Dominante; Inflamação: Ausente; Reparo: Presente como fator primário; Distúrbios Hemodinâmicos: Presente como fator primário; Alteração do Crescimento e da Diferenciação Celular: Ausente.

Postado por: Patrícia Emanuelle - Biomedicina 300.5

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